Anna Wintour é o meu grande modelo - perspicaz, profissional, mal compreendida, enfrentando uma luta neste mundo machista. Eu sou a Carolina Branco - uma jovem de 18 anos a tentar criar o meu molde.
A moda é a minha paixão e quando falo da moda como uma paixão refiro-me àquela que é arte, que é história, fez história e continuará a fazer. Poucos percebem que a moda não é, apenas, o dom de andar bem vestido ou poder comprar peças caras. A moda é, para mim, uma ciência social que reflete a sociedade do então e ajuda-nos a compreender épocas históricas. Os estilistas, entendidos como seres ignorantes, são como cientistas que traduzem nos tecidos os valores das décadas. Quando nos anos 50, Christian Dior criou o New Look, criava também o reforço da feminilidade que tinha sido tirada às mulheres pela Segunda Guerra Mundial. Por outro lado, se, atualmente, as peças com estilo masculino invadem as lojas femininas, muito se deve ao facto das mulheres, durante a Primeira Guerra Mundial, terem de ter recorrido aos guarda-roupas dos seus maridos para terem algo para por sob a pele. No entanto, será que, hoje em dia, usamos este tipo de roupas para sermos confundidas com os machos na área profissional e, por isso, mais facilmente aceites?
É, então, através do Edição de Setembro, que quero enaltecer esta área que, tal como a Anna Wintour, é tão mal compreendida, desvalorizada e dita como absurda.
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